quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O GOZO



Seja qual for a hierarquia que é controlada por outrém, uma aresta social se desmantela quando alteramos a realidade em que nos aprisionamos. É o sinal de que o grotesco pode deixar de ser estético e se redirecionar para a nossa ética.

Por exemplo, a magreza prega a hierarquia da beleza. Mas qual é a hierarquia que respeita a nossa ética??? O desconhecimento de algo novo e a corrupção de ego que nos infiltramos no dia a dia são os grandes responsáveis pelo afundamento de nossa ética. Se formos coniventes e não reivindicarmos a nossa compreensão manipularemos nosso próprio fantoche.

Alguns dias atrás ouvi de alguém como é vitorioso aquele que permanece com sua ética íntegra independente do bombardeio social que confere a nós adjetivos estranhamente desmoralizantes.



Se continuarmos a cometer micro-suicidios em virtude de um conforto torto alteraremos toda a anatomia de nossa ética. Saltar para a escuridão tende a ser uma consequencia absurda, quando na verdade a finalização sinaliza a reconstrução de nosso ego e é quando experimentamos a transgressão. E o medo é árduo pois a ação é solitária.

O único álibi que devemos levar conosco é a certeza que a moralidade ética é e deve ser a única questão que deve sugar nossa energia em caráter de consideração na construção de uma anatomia mental sólida e não corruptiva. O restante é banal.

Neste momento o leite não ferveu. O leite azedou mesmo. E este traço olfatório é a eterna repetição que vivemos num ciclo em que é preciso esvaziar a linguagem contaminada e minarmos de objetivos. Caso contrário a nossa sinopse passa a ser repetitiva e o menino jamais de se tornará um homem.

Passivo é aquele que vive a jogar o bumerangue e se enaltece de prazer quando o mesmo retorna ao ponto oriundo.

Decido, portanto, lançar ao léu o meu bumerangue. Permaneço, no entanto, na expectativa de que o retorno do mesmo não me moralize um gauche...

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