sábado, 1 de janeiro de 2011

NUM MUNDO PARALELO O FIM É APENAS O COMEÇO

Dia 31 de dezembro de 2010: Ouço da janela da sala algumas pessoas a se divertir, a fanfarrar, a ouvir funk (pois é) e muitas risadas. É quase dia de ano novo, é festa e Santos está dominado por turistas e pessoas bronzeadas. Meu único dia possível em ir à praia foi ontem e.....NÃO apareceu o Sol. Tentei me apegar a conceitos médicos, como o fato de que estou a previnir um envelhecimento precoce, mas este pensamento, ás vezes, racional demais, não me tranquiliza.

Penso que o Sol não seja algo de um todo mal. E não é. Todos sabem que ele é necessário para promoção de vitamina D pelo corpo, pelo ciclo circadiano (período de um dia sobre o qual se baseia todo o ciclo biológico do corpo humano) ou para àquele que já trocou o dia pela noite (como por exemplo, os taxistas, profissionais de sáude ou até mesmo os profissionais do sexo, por que não?) sabe que horas de sono ao dia não é o mesmo que dormir à noite. É evidente que a luz solar exerce um nuance controle sobre alguns hormônios, através de modulações sensatas.

Além disso, Sigmund Freud nos proporcionou a maior explicação do fator sexual no valor darwiniano. Ou seja, uma pele bronzeada atiça a libido sexual, além de proporcionar enquanto sobre o efeito bronzeado, a sensação de que a pessoa esteja mais bela. Na próxima encarnação, espero vir à Terra....negro. Atingirei assim, em razão solar e freudiana, o clímax de uma teoria. Hahaha.

Evidente que tudo requer moderação e como já comentei no post anterior, o protetor solar deve ser hábito e o horário de exposição ao Sol precisa ser limitado e a hidratação imprescindível.

Mas é impagável, aos meus olhos, sair num final de tarde para correr no famoso e belo e maior jardim praiano frontal em extensão do mundo com o meu aparelho de surdez futuro (vulgo ipod) e me deparar com as seguintes imagens:


Há ainda na orla de Santos um cinema cult. Tenho um pouco de ojeriza com essa palavra (cult). Pessoas ditas intelectuais são intituladas cults. Por que uma cozinheira, por exemplo,  não pode ser cult? Ou ela é apenas se ler Fiódor Dostoiévski e/ou ouvir Villa Lobos? Por que as pessoas não podem ser cult naquilo que exercem e dominam? Por que uma cozinheira não pode ser cult em sua arte de cozinhar? Eu já li Dostoiévski, mas eu não sei cozinhar um banal arroz.

 Enfim...eis a fotinha do cinema na orla. É pequeno, pode ser não muito confortável. Mas os filmes costumam fugir do tema: Um tira da pesada ou Os monstros contra-atacam, etc. O micro-cinema reformou, tem ar condicionado e o preço do ingresso é uma fábula a ser cantada: custa menos de 5 reais e se você tiver carteirinha de estudante já sabe né.


Ainda sobre cinema..... fui com minha amiga japa Dani assistir "De pernas para o ar" e segundo meu colega funcionário do cinema é o filme mais visto desde sua estréia. Ponto positivo, afinal é nacional. É comédia, é total clichê, não nos apresenta nada de novo. Mas é engraçado. O filme contém muitas piadas eróticas, objetos eróticos, mas o filme é para gargalhar. Dani e eu ficamos indignados, pois duas crianças menores de 3 anos de idade estávam presentes no cinema e acompanhadas dos pais. Eu particularmente fiquei mais furioso. Me lembro de um tempo atrás no RJ um juiz da vara infantil promover uma fiscalização mais rigorosa com o fator limitante de idade no acesso de crianças ao cinema. E o filme em questão não é para crianças. Uma vergonha. Eu sinceramente até pensei em me levantar e denunciar ao gerente do cinema. Até que ponto isso é um problema nosso? Quando intervir? De certa forma ou por covardia minha eis no blog meu protesto.

Sobre Ingrid Guimarães, a estrela do filme e a razão pelo qual fui ao cinema, além claro da companhia da sempre agradável Dani. Ingrid não é o padrão de beleza Bundchen. Mas o que Ingrid transmite não é você se conectar com as pessoas pela beleza, afinal isso não exige muito de você. O que importa é ser agradável, ser simples. Ingrid Guimarães é cult. Cult por ser simples. Cult por ser comum. E o clichê do dia vai para o filme.


É tempo de verão e apesar de ser repetitivo me evoca aqui uma lembrança de infância. É um desenho animado. O famoso Tiny Toon. Junto ao desenho Turma da Pesada, Caverna do Dragão e as histórias do Tio Patinhas, além claro de Jaspion, Tiny Toon é o tipo de desenho que nos dá nostalgia, nos dá o desejo de entrar dentro da tela e fazer parte, mesmo que por instantes, daquele mundo, não é mesmo Felícia?? Hahaha

Alguns desenhos nos rende uma experiência lúdica. A proposta de Tiny Toon é totalmente diferente de Os Simpsons, o qual tem um caráter mais político, crítico e total politicamente incorreto, salvo Lisa. Há quem vê Caverna do Dragão como teoria de conspiração ou até mesmo, e eu já ouvi, um desenho sobre demônios. Tolice infantilóide. São desenhos. Dariam boas discussões. Mas é para assistir e ao molhar os lábios sentir o gosto da infância. E que seu gosto seja doce, como o meu.





Para finalizar uma dica de uma canção: The book of love de Peter Gabriel, quem tiver interesse procure no youtube para conferir. Pode ser melancólica para os mais sensíveis. Mas pode ser perfeita para finalizar o ano novo. Em seguida você coloca sua Cláudia Leite ou seu techno house e vai se divertir.

Como nota de agradecimento dedico paz aos já incontáveis pacientes. O que mais percebo e é evidente: ELES QUEREM ATENÇÃO. NÓS QUEREMOS ATENÇÃO.

Meus fogos de artifício vão para meus pacientes, muitos deles nunca mais verei, mas sempre lembrarei de todos de alguma forma. Uma forma que eu ainda não sei como será. Uma conexão rápida entre desconhecidos. Uma ponte entre "O grito" de Munch e a redenção do dever cumprido. São eles, na verdade,  quem cuidam de mim.  Um beijo na testa de Dona Maria Exposito. E que sua pressão não aumente tanto. Hahahaha

Que Deus, Alá ou mesmo seu boneco de pelúcia (coelhinho da Ingrid) te faça Cada vez MAIS...
O que vem após as reticências é VOCÊ quem determina.


2011

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